Projeto Balneário Rincão

Sergio Hipolito
May 19, 2015
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Projeto Balneário Rincão Um grupo de investidores deseja implantar em breve duas usinas de energia fotovoltaica em Balneário Rincão. O prefeito Décio Góes, acompanhado de lideranças do município, conheceu ontem um projeto similar em execução em Balneário Arroio do Silva. As condições de clima, solo e radiação solar da região chamaram a atenção dos empresários. Os empresários solicitaram ao prefeito mapas e informações sobre áreas. A Associação Empresarial de Balneário Rincão (ACIBRI) intermediou com proprietários a viabilização de 12 hectares a fim de viabilizar a instalação dos empreendimentos. “Com os dados fornecidos pelo município e os contratos de arrendamento assinados, começamos a fazer os projetos. Pretendemos construir uma usina com capacidade de geração de 5 megawatts (MW) e outra de 8 MW por hora. Entre o início da elaboração do projeto e a operação, esperamos levar oito meses”, expõe o empresário Elves Becker. A construção de uma usina de 5 MW reúne um investimento superior a R$ 50 milhões, conforme o empreendedor. “Todo o capital é privado, com participação estrangeira e brasileira. Temos estudos que comprovam esta ser a região com a melhor eficiência de produção no país. Fatores como umidade, temperatura, radiação solar e rede elétrica favorecem a utilização desta matriz”, justifica. Diante da crise enfrentada pelo país no setor, a possibilidade de prover a eletricidade a partir de uma fonte limpa anima o prefeito. “Todas as possibilidades de produção com fontes alternativas e limpas receberão nosso apoio. Queremos que o município cresça com esta visão de sustentabilidade”, afirmou Décio Góes. Lei para abastecer o Rincão O envolvimento da ACIBRI, segundo o presidente da entidade, Adroaldo Faraco, tem o propósito de estimular o desenvolvimento econômico do município. Agora o líder da associação quer mobilizar o Legislativo para a criação de uma lei para destinar parte da produção das usinas a Balneário Rincão. “Já estamos envolvendo os vereadores para dar ciência a eles do projeto. Soubemos que boa parte do que será gerado aqui está com venda assegurada para outros lugares do país. Entendo que necessitamos garantir que parte da energia fique aqui porque assim teremos mais um atrativo para empresas se instalarem na nossa cidade”, observou. De olho na força do vento Familiar a moradores e veranistas do Sul Catarinense, a potência dos ventos sul e nordeste, também desperta o interesse dos investidores. A energia eólica, no entanto, trata-se de um sonho mais distante. “Os processos de licenças, o período de testes e a dificuldade de comprar os equipamentos das torres, tornam o processo moroso, bem diferente da energia solar. Para médio e longo prazo há a possibilidade de fazermos usinas híbridas, ou seja, com produção de energia eólica e fotovoltaica na mesma área”, apontou Becker. As usinas de Balneário Rincão deverão ter capacidade de 5 KWh e 8 KWh. Juntas atenderiam em média 11 mil casas. Conforme dados do site da Tractebel, a Usina Termelétrica Jorge Lacerda, de Capivari de Baixo produziu no primeiro trimestre entre 3 e 4 KWh. Fonte: Clicatribuna